A CIDADE

 

Há sempre

um dia

uma ida

sem retorno.

Há o sono

que varre

a solidão

instalada

que varre

as pedras

desprendidas.

Há alguém

que canta

em delírio

e diz:

Cante

Comigo

até ficarmos

loucos

para deitar

as nossas

cinzas

nas trevas

da ilusão.

Há a onda

que vai e vem

se lança

em constância

sem degraus

soturna e flébil

na calada noite

aqui próximo.

Há o mar

a voz das águas

inexprimíveis

ladeando areias

existência pura

de transformação.

Há o fogo

na veia

ao delírio

na noite fabulosa

em chamas

em quimeras

que passam e

morrem amanhã.

Eis

a voz única

da cidade

que respira

respira

o cheiro

das marés

num exílio

de beleza e

pulsa desde o

amanhecer!

 

 

 

edidanesi
Enviado por edidanesi em 06/09/2023
Reeditado em 08/09/2023
Código do texto: T7879359
Classificação de conteúdo: seguro
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