Dor de uma alma

Ando, cabisbaixo rendida a solidão

Sem direção mesmo meio a multidão

Às vezes penso: Mas, nada penso.

O olhar sugere apenas choro sem lenço

Não me reconheço o coração sentindo

Eu, agora - sem compreender o que fazer?

Caminho errante perdida, nada é lindo!

Momento que - não sei, Deus sabe deter.

Não vejo nada que me possa entender.

Tudo segue do mesmo jeito, mas enfim

Dizem: Logo passa - sim, como absorver?

Rendida ao que não se explica em mim!

Mary Jun

18/01/23

MOSAICOS DE MIM

Despertou-me o mágico canto dos pássaros,

Levando-me em transe pra minha juventude,

A ver em sonhos, quão clara são as finitudes,

Com grande lucidez, vindos em fleches raros...

Paguei por dignidades, que chegam no vento. Apagando memórias, por conter discordância,

Sobras que das dores, relembram da infância,

A luz que foi meu guia mas a perdi no tempo.

Quando me via ao Sol a cada vez que se pôs;

Vinham gotas d'ouro minhas rugas umedecer;

Pra ver se no tempo, com dons pra interceder,

Manter-me-ia jovem, tal em mente, recompôs...

Quase negando Deus, quis pra Vida, Renascer,

Gestado em versos, mosaicos, dum Nobre Ser...

Jacó Filho

Mary Jun
Enviado por Mary Jun em 19/09/2023
Reeditado em 21/09/2023
Código do texto: T7889519
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