Numa Rua Qualquer

Ao findar do dia naquele local

Numa rua qualquer solitária,

Nos passos lentos alguém

Sem nome ou moradia...

Segue caminhando sôfrego,

Procurando algum alimento.

A fome visceral atormenta,

Nem o lixo o alimenta.

Casas silenciosas e fechadas,

Com a chaminé fumegando,

Mas a rua continua vazia.

Nem ousa chamar alguém,

Ou bater em alguma porta,

Nem que fosse um toque leve,

Com suas mãos calejadas.

A rua deserta e o silêncio o assusta,

E retraído volta a caminhar.

Segue nessa rua qualquer

Seu destino de amargura.

Será que foi sua a escolha?

Ou o próprio destino...

Enredou por alguma razão:

Esse triste caminhar qualquer!

There Válio –