No outono da minha alma, folhas caem em silêncio

No outono da minha alma, folhas caem em silêncio,

Solidão como uma brisa, um frio que é intenso.

À minha volta, o colorido das relações, como folhas douradas,

Mas no âmago, um vazio, um eco de almas isoladas.

Inverno invade meu coração, gelado e sombrio,

Mesmo entre risos, sinto o frio do vazio.

É um manto de neve sobre o meu ser,

Solidão, um fio invisível que parece crescer.

Na primavera da convivência, flores desabrocham,

Mas em meu peito, o deserto persiste, não se apaga.

É como uma chuva fina que não molha a secura interior,

Solidão camuflada em meio ao colorido exterior.

No verão, o calor das risadas e encontros,

Mas no meu íntimo, há sombras que são prontos socorros.

O sol não consegue dissipar a névoa da solidão,

Pois mesmo rodeado, há uma distância no coração.

Estações do ser, ciclos que se repetem,

Solidão como um eco que nos afeta e nos atinge.

Mesmo entre multitudes, a solidão é uma jornada,

Um caminho solitário, uma trilha que não se desgruda.

Assim, nas estações do meu ser, eu caminho,

Entre o calor e o frio, entre o riso e o espinho.

A solidão, uma sombra que me acompanha,

Mesmo sob o céu estrelado de uma noite tamanha.

Mas talvez, na dança das estações, encontre a chave,

Para desvendar o mistério da solidão que me invade.

Pois na metamorfose das estações, quem sabe,

A solidão se transforme em harmonia, e o coração se lave.

Árvore de Avonlea
Enviado por Árvore de Avonlea em 12/11/2023
Código do texto: T7930606
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