Casa Vazia

Casa Vazia

Delasnieve Daspet

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Casa sem som, sem cor, sem riso,

Ao abrir a porta

A solidão bate forte.

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Aí nada se pode...

Tudo no lugar.

Não tem brinquedo jogado,

Xixi de cachorro,

Miar de gatinhos...

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Tão fria!

A luz da liberdade não entra,

Não existe canto, não se respira,

Não se vive.

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Sem jardins, sem livro esparramado,

Anotação jogada, leite derramado...

Tudo tão limpo, tão vazio...

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O travesseiro sempre ajeitado,

Não tem cheiro nem marcas,

Não é um lar!

04 de outubro de 2011