O FARDO DE SER
Sou o silêncio que já não há mais nada a dizer
O fim do vento e a calmaria da ansiedade
Sou o sepultamento das névoas finas que me caem a mente
A mensagem de quem há muito não diz nada
Por fim, sou o receio de quem nada teme
A bíblia de quem se isola e se abstém
Sou o raio que corta o céu em um dia de sol
E a tempestade que chega com a solidão
Ser eu pesa e assombra
Ser eu cansa e congela
Ser eu queima e afoga
Ser eu é caos e trégua
Ser eu é ser ser só e nada