Novamente solidão

Cansado e sem esperança

Frente ao sol sem muito me alegrar,

Repousava os olhos na imensidão.

Era tarde,

Só o mormaço me aquecia

Havia barulhos no labirinto mental

Havia um ar estranho como o vaco.

Naquele exclusivo silêncio

Ela me invadiu com seu sorriso,

Um sorriso felino feminino.

Ah! O seu olhar me domou.

Não esperava jamais ser invadido,

Mas ela invadiu, sem uma palavra,

Sem algo que causasse estranheza,

Sem qualquer movimento.

Observando-a à distância,

Senti a fragrância das águas calmas

Penetrarem minhas narinas suavemente.

Então sentir ser amor.

Um primeiro movimento ela fez

Em minha direção.

Não! Não consegui desviar o olhar

Não consegui se quer respirar.

Ela é real demais naquele exclusivo silêncio

Que antes era só meu.

Perfeita, singela, meiga, fêmea

Que só a presença inunda tudo.

Desde então, todos os dias ela está aqui

Fazendo sentir-me ser amado,

Fazendo com que eu a ame.

E ela está aqui como o ar.

A felicidade me retornou

Não há como negar,

Sentir que ela me ama

Sentir que eu a amo.

Para tempo.

Para o tempo não passar,

Se passa o tempo...

Nesse tempo vou ficar.

Soprou vento forte

Senti medo e frio,

Era mais que simples chuva

Senti estranheza no seu olhar.

Não era o mesmo do dia Inesquecível,

Do tempo inabalável,

Do tempo que se congelara

Do tempo que não se negava.

fernando brasil
Enviado por fernando brasil em 07/05/2024
Código do texto: T8058285
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