Lançando no Abismo

Há no ar

Um quê de solidão

Uma inexplicável ausência de mim

De ti

Do mundo

Um quê de dor latente que corrói a alma

Como o zinabre corrói o cobre

Julgo-me impotente diante da vida

Carente, ausente e desprovida

De sentimentos nobres

Tenho medo

Dor

Choro na alma

Tenho sensações de abandono

De pressa

Sentimentos misturados e conturbados

Que me inibem e me levam ao abismo de mim

Construindo muros altos quase que intransponíveis

Faço meu forte, minha armadura, meu elmo

Essa sou eu

Um precipício de mim

Um abismo abnegou e solitário

Onde a solidão se alia a mim e me joga

No abismo do mundo.

Rosane Silveira

Às 16:53 do dia 19/01

ROSANE SILVEIRA
Enviado por ROSANE SILVEIRA em 22/01/2008
Código do texto: T827680
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