AO RELENTO.

Em triste choro desabrocha o dia,

Cuja a natureza depauperada fez nascer,

No andar perdido entrelaçada magia,

Exposta no tempo lume do amanhecer.

Refrigério da alma são as tardes chuvosas,

A amenizar o pranto em homenagem à dor,

Lavando em pingos a pele acobreada,

Que em silêncio procura não se expor....

Matizes da vida no derramar sofrida lágrima,

Envolta em silêncio cujo tempo anuiu,

Ausculta o coração alma desesperada,

Sufoca o sentimento em devoção a quem partiu...

Envolta em solidão segue a alma desprezada,

Tal qual faminto pobre a ânsiar o pão,

Regressa após o ocaso sozinha, desamparada,

Buscando em noite escura expungir cruel paixão.

CRS 31.01.08

TEACHER
Enviado por TEACHER em 31/01/2008
Reeditado em 12/07/2008
Código do texto: T840925
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