Dó maior

Tu solidão que me invades

Num silêncio que solfeja

Em dó maior! Como ardes!

Na garganta o nó flameja!

Meus olhos ficam vidrados

Nos passos surdos de ti

Meus lábios embaciados

Beijam nuvens por aqui!

Meus passos desalentados

Solitários se quebraram

E em queda desmoronados

No mármore frio gelaram.

Minhas mãos nuas avessas

Esperando as tuas em mim

Esfriaram-se pelas travessas

Não te vi foi morte e fim.

E agora rio, rio de mim!