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As Lágrimas do Vampiro

 

 


                                             Á uma alma triste e errante

 

 

“... A última luz da tarde


Foi ao longe se apagando.


Era uma linda estrela


Ao céu retornando.

 


Deixou a terra para sempre


E tudo se tornou triste e frio.


Meu coração se partiu em pedaços


E restou em meu peito um enorme vazio.

 


Como eu pude um dia


Sonhar com seu amor?


Meu anjo do céu


Que só conheceu a dor?

 


Não estava ao meu alcance


E eu não te merecia


Minha alma era tão negra


Que na escuridão se desvanecia.


Mas ela se foi,

Anjo lindo que tanto sofreu.


E a minha vida também se acabou


Com o meu amor que morreu.

 


O que posso fazer agora


Além de chorar?


Conheci-te tão pouco em vida


Mas nunca deixarei de te amar.

 


Irei vê-la sempre


Em sua sepultura.


Sobre ela colocarei rosas


E beijarei a terra com doçura.

 


Como se fossem seus lábios


Que eu tanto amei.


E lágrimas de sangue


Para sempre eu chorarei.

 


A chuva fina cai


E o frio me envolve


No silencioso cemitério


Onde nada se move.

Eu estou ajoelhado


Diante o túmulo da minha amada.


Somos só eu e ela ,


E mais nada.

 


Não me resta muita coisa


A não ser dizer-lhe adeus.


Ou melhor, até breve


Mais lindo sonho meu.

 


Que venha logo o dia


Do nosso feliz reencontro


Minha amada tenha pena


Da alma deste monstro...”