ABRAÇADO COM A SOLIDÃO
Sentado ao lado do sepulcro idolatrado,
Semeie minhas dores de penúrias
Pelos dias no qual adormeci chorando,
Em que a solidão me lançava as injúrias.
No murmúrio profundo sem acalento,
A torrente hora me unirá aos mortos.
Sem dor, sem alegria e com tormentos,
Largarei pelo caminhos meus amores.
Hoje bebo o licor amargo dos dissabores,
Perambulo pela penumbra do esquecimento.
Lembro-me de ti sem sentir as dores,
De não poder beijar-lhe nesse momento.
Sem nenhuma esperança para me acalentar,
Minhas lágrimas perdidas na escuridão.
Em meu solitário exílio, longas horas passarão,
Nos tristes martírios de dor a me devorar.
Nos ermos sem um promissor futuro,
Desacompanhado pelos tortuosos caminhos.
Quando no alto da noite fiquei no escuro,
Senti perdido sem o acalento de meus pais.
Tentei ser forte o bastante naquela noite,
Mesmo com as ventanias agonizantes.
Naquele suplício afundei-me em meu leito,
Para esquecer o desprezo daquele instante.