[Ato VIII] Na Estréia
A noite se estende acima da lona.
A ferrugem da emoção
Corrói os nervos do leão,
Trepidante como o vento,
E foi dente com dente...
Onde está a cabeça do domador?
A noite flameja acima da lona.
Num passe de mágica,
A esposa do mágico não era mais uma.
E o mágico percebeu que
A parte de baixo não importava.
A noite atenua-se acima, na lona do circo,
O negrume e a solitude reinam impetuosos.
O cabo amigo ampara o corpo delicado
Da adormecida boneca dançarina...
(CaosCidade Maravilhosa, 30 de janeiro de 2007. Este poema pertence ao meu projeto "Marina em Poesia".)