SOLIDÃO
Não sei se posso te chamar
De doce companhia...
De tristeza ou nostalgia.
Às vezes penso que és tão minha
Que nem me imagino sem você.
Você está comigo em meio à multidão,
No silêncio do meu quarto...
E até no coração.
Dizem que tu maltratas e machuca
Mas eu não te sinto assim.
Às vezes tu és um espelho:
Eu me vejo em ti.
Outras vezes, tu és uma lente:
Indica-me o que eu quero ver.
Não sei se posso te chamar
De amiga, intrusa ou atrevida...
Mas você não me faz mal!
Ivone Alves, 30/03/08