SOLIDÃO!

A beira do precipício da solidão,

Penetro nos confins dos meus sentimentos,

Mergulhando num lago de magoas de lembranças,

De um passado tão latente na memória.

No silêncio de lábios lacrados, ocultos mistérios dançam,

A luz de um olhar suplicante. Estou a um passo da loucura,

Vagando por labirintos de emoções que se chocam e se,

Refletem no espelho da minha alma.

Lastimável figura patética, que traz no olhar a dor,

Da solidão que lateja na alma como ferida exposta.

Na soledade do silêncio, ninguém me toca e nem me espia.

No vácuo um suspiro escapa-me dos lábios, ecoando no ar.

Vagando a passos lentos, nesse labirinto de tormento,

Deixando a vida passar, á espera de respostas que ninguém,

Pode dar, abraço-me no vazio de incertezas á espera da luz,

Da aurora, na esperança de um novo amanhecer sem a solidão...