3 da manhã

Sento em minha cadeira preferida,

Cansado, corroído, corrompido.

Olho para a garrafa de uísque,

Só resta um gole a ser absorvido.

Deito, sento, deito, levanto,

A coluna grita.

Cada parte do processo,

Acaba se tornando infinita.

Olho pro telefone, é recíproco,

A vontade de te ligar me faz pensar.

Sexo, poesia, álcool, cigarros,

Te amar ou me suicidar.

Corro através dos sonhos,

Tudo fechado e não prossigo,

Após fumaças estonteantes,

Deito e com ela sigo.