SOLIDÃO...

Restos de sonho esquecidos na gaveta
Folhas amareladas, poemas mal vividos!
Versos embriagados jogados na sarjeta
Castelos de ilusão, amores desvanecidos...

Uma canção antiga dedilhada no violão
Traz de volta um passado de agonia!
Ressuscita uma devastadora paixão
Oásis de emoções, inspiradora poesia!

Cúmplices... A solidão e um copo de vinho
A bailar inquietos... Que torpe desilusão!
Um corpo sedento implorando carinho
Maltrata ferozmente um maltrapilho coração!

Bardo sem estro, perdeu todo o lirismo
Nos acordes da viola cansada, tão sofrida...
Omitiu do mundo o seu amor por egoísmo!
Seus sonhos pereceram... Que triste vida!