Alomorfia fora de mim

Eu tinha tudo ser uma garota “perfeita”

Mas eu escolhi ser assim

Meio bruta, meio fora de mim

Às vezes como toda garota com suas esquizofrenias

Amorosas e diárias sempre foram assim.

Eu sempre fui assim

De sorrir pra qualquer coisa, até pra desfaçar a tristeza.

Procurando ver o lado bom das coisas

Respirar fundo e tentar novamente

São bons modos de abrir e soltar a mente

Já errei, mas erros foram feitos para ensinar

E assim vou aprender

Sabe, eu já deixei ir de certas coisas

Que eu tanto queria, é melhor deixar as coisas livres como borboletas.

Tudo com calma, apesar da pouca idade sempre pensei além.

Sim, além da conta, não diferente de alguns como eu.

Procurei imaginar a vida adiante sem deixar de viver o presente

Escrever, tomar um bom café puro e forte.

Assim aguentando noites sem ver a hora passar

Sem o sono chegar

Apenas escutando uma boa música

MPB normalmente

Há quem diz que é coisa pra velho ou que é muito chato

Ainda bem que há pessoas esse mundo que ainda fazem boas músicas

João de barro, ainda bem, vambora, velha infância.

Sou aquela que anda no mundo da lua com fone de ouvido

Que anda com roupas simples e de tons escuros

Que não tem as mais bonitas curvas ou que não se expor tanto

Que gosta do meu cabelo assim mesmo, mais rebelde que eu

Que não procura ninguém, esperar tem muito caminho pela frente

Confesso que músculos, roupas de marcas, ouro e ostentação não me seduz

Curtidas no facebook ou seguidores no instragram também não.

Seduza-me com sua inteligência e caráter, por favor.

Então, sou complicada, todas são também, depois de tanta coisa.

Como não ser complicada?

Tenho olheiras, espinhas, tatuagem e estrias.

Tenho gorduras a mais, há diz que é bonito.

Eu me adapto a isso, eu sou assim.

É bom se amar, é ótimo se aceitar.

Eu até danço, eu realmente gosto de dançar.

Os movimentos e o desafio

A jogada de cabelo, a ponta, o olhar e a coluna sempre encaixada.

Eu sou todas essas coisas

Todas as palavras das minhas poesias e todas as borboletas do jardim

Eu sou assim, tão fora mim.

Nem eu me entendo, boa sorte e tente novamente.

Nova mente.

Alomorfia
Enviado por Alomorfia em 22/01/2016
Reeditado em 22/01/2016
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