Oblíquos dialetos do choro silenciado
Curitiba, 08 de abril de 2013.
O beijo de sobreaviso
Lento, controverso, compartilhado...
Abril vem de novo
Nos gélidos ventos do imutável
O menino se faz homem
Ceifa raízes do sentimentalismo
E se cala, consentindo...
Princípio do remorso
A carta se perdeu,
Compromisso da agenda riscado.
Há horas os oblíquos dialetos
Do choro silenciado se esmeram
Em uma cabine acolá
Foi ontem, eu bem que suspeitei!
Frágil demais esse jovem coração
Desencontro banal
Entre querer e viver
O mais sublime anseio
Repúdio, fortemente armado!
Alvejou a rosa branca
Despetalada pelo concreto
Mal-me-quer!
Encalacrou a timidez
Sobremaneira indecente.
Abril vem de novo
Não se esqueça de acender uma vela
Para que os anjos clamem
Por sua inútil redenção.
Nos sonhos de maio
Um beijo guardado
Represália das lagartas
Hoje música para dormir.
Irreversível saudade,
Cante para que eu te ouça
Cante baixinho, como quiser...
A solidão é a sombra dos meus erros
Na busca delirante por harmonia
Votos de mentira
Tranquei-te em manuscritos
Menta do infinito.
Respire a liberdade
Abril vem de novo
Em verso, em partitura...
Os anos fazem dos dias
Um detalhe insignificante
Dentre os minutos sem importância
O amor que eu sempre sonhei.
Antes de me despedir por hoje, quero agradecer a todas as pessoas carinhosas aqui do Recanto que acolhem meus escritos e me tratam com respeito. Gosto muito de visitar vocês e aproveito para desejar a todos uma ótima noite!