SONHO DE UM POETA LOUCO
(Sócrates Di Lima)
....E na distância o Eu em mim desperta,
Poeta, talvez,
E o meu sentimento que na distância se afigura,
No eu menino, só, como vento no deserto.,
as escuras.
Por certo,
Na busca de um afago como alimento,
Onde o carinho e a ternura,
Não vem como esmola,
Nem me isola,
Do resto do meu continente.
Vida e morte para a alma do poeta,
Em versos e prosas,
Mas, o novo me faz querer,
Viver o que dantes não vivido,
E por mais que tenha amanhecido,
Na minha solidão de sonhos,
Nunca perco as esperanças,
Mas carrego no peito,
Dores e saudades vivas,
De amores naufragados...
Mas, nos mares perdidos,
Onde os caminhos se perderam,
Busco o farol do fim do mundo,
Onde um par de olhos de brilhar profundo,
Faz luz no meu caminho,
A na doçura de um querer risonho,
Minha alma chama por ti menina,
Ao longe de teus sonhos,
Minha alma de poeta,
Sonha.
Sóbrio,
Ébrio...
Louco, talvez.