Prazer da arte

Eu não posso deixar a arte sair da minha vida

As vezes parece que minha singularidade voa e foge de mim

Como areia ao vento

Por que foges de mim?

Claro, não te culpo

Por que continuar dentro de alguém com pensamentos monocromáticos, mecânicos e quadrados?

Mas volte

Tenho saudades

Não me deixe olhar em quadrado

Quero ver curvas e outras formas

Volte quando sentir que estou rodeada de inspirações, cores e notas musicais

Quando sentir que está florescendo em meu peito

Quando houver um universo inteiro

Mas não volte quando houver engrenagens no meu corpo

Ou volte

Quem sabe semeie sementes no terreno?

Tudo fica tão lindo quando a existência ganha vida

Quando viver se torna arte

Quando estou transbordando autenticidade

Meu corpo estremece com um orgasmo

Simplesmente por sentir isso que não sei nomear

Que hoje eu chamo de

Prazer da arte.

Natália Fernandes Resende
Enviado por Natália Fernandes Resende em 03/08/2016
Reeditado em 24/10/2018
Código do texto: T5717336
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