Na Espuma


Durante o banho, de olhos fechados
Surgiu-me um retrato
Que se desfez em espuma
Escorregando pelo corpo feito neve na montanha.
A tépida água cantava no crânio,
Contando histórias afogadas.
 
Perfumes suaves em formatos sinuosos
Evocavam lugares
Que eu cantarolava.
 
Macios momentos, barulhos de vento...
Descia no ralo a minha saudade!
Mas como nem tudo é certo ou perfeito,
No sabonete azul-bebê
A lâmina acomodada.



Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 06/09/2016
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