DEPOIS QUE PARTIR

Depois que partir

Tornei-me uma forasteira em terra estranha

Amante da solidão perdida em minhas lágrimas

Sem lugar

Sem parente

Sem aderente

Nos olhos um clamor, uma dor

Uma ferida n’alma

Por que tiraste meu aconchego?

O convívio com a parentela?

Por que ludibriaste?

Com palavras enganosas misturadas com favo de mel?

Se o tempo voltasse

Com certeza faria uma leitura labial

E iria descobrir que foste mercenário

Meu coração que foi forte como Rocha

Hoje sangra de tanta dor

Minha boca que um dia sorriu

Quem a vê não reconhece

E, eu que um dia pensei em ser atriz

Estou atolada numa sala de aula

Presa sem expectativa de voltar pra minha terra

Tudo por causa de você

Meire Cavalcante
Enviado por Meire Cavalcante em 18/10/2016
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