CACOS DE VIDA

Nas porcelanas das minhas manhãs

Guardo cristais doados pelo sol,

Para iluminar meu caminho

Além da ponte do Paraíba,

Rio que me banha com seu perfume de vida e paz,

Dia desses cacos escuros de vida

Nela espalhados encontrei,

Restos de uma história

Detalhes de vida e morte

Dos restos de vida

Cacos de telhas de lares desfeitos,

Cacos de pisos de amores perdidos,

Cacos de taças de brindes passados,

Cacos de pratos quebrados em matrimônios,

Cacos, cacos, cacos,

Cacos de lembranças todas,

Minhas, suas, nossas

Sobras de um amor,

Restos de Vida!

Salette Granato – 17/11/2016

SALETTE GRANATO
Enviado por SALETTE GRANATO em 21/11/2016
Reeditado em 21/11/2016
Código do texto: T5830486
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