MINHAS MÃOS
Não nasci para madame
de mãos macias, delgadas
sempre cheirando a perfume
unhas bem feitas, cuidadas
dedos cheios de anéis.
Inda criança de escola
quando voltava pra casa
me esperava o avental
pro serviço na cozinha
ou a lida no quintal.
Anéis que meu amor me deu
já não servem nestes dedos
pela labuta engrossados
no contato com a terra
e da ferramenta calejados.
Mas com estas minhas mãos
muitas flores eu plantei
crianças acolhi, eduquei
cuidei de idosos, enfermos
e meu amor afaguei.
Não nasci para madame
de mãos macias, delgadas
sempre cheirando a perfume
unhas bem feitas, cuidadas
dedos cheios de anéis.
Inda criança de escola
quando voltava pra casa
me esperava o avental
pro serviço na cozinha
ou a lida no quintal.
Anéis que meu amor me deu
já não servem nestes dedos
pela labuta engrossados
no contato com a terra
e da ferramenta calejados.
Mas com estas minhas mãos
muitas flores eu plantei
crianças acolhi, eduquei
cuidei de idosos, enfermos
e meu amor afaguei.