MINHAS MÃOS

Não nasci para madame
de mãos macias, delgadas
sempre cheirando a perfume
unhas bem feitas, cuidadas
dedos cheios de anéis.

Inda criança de escola
quando voltava pra casa
me esperava o avental
pro serviço na cozinha
ou a lida no quintal.

Anéis que meu amor me deu
já não servem nestes dedos
pela labuta engrossados
no contato com a terra
e da ferramenta calejados.

Mas com estas minhas mãos
muitas flores eu plantei
crianças acolhi, eduquei
cuidei de idosos, enfermos
e meu amor afaguei.
Aloysia
Enviado por Aloysia em 11/12/2016
Reeditado em 20/02/2017
Código do texto: T5850026
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