32. Eterno Céu Azul

De tempos em tempos, corre por minha veia uma ânsia por quietude

Que a vida tenha o mesmo ritmo da seiva que corre pelo frondoso caule

Da árvore mais alta

Da que toca o Eterno Céu Azul

Crescemos até a morte? Somos como árvore?

Que se nega a capitular

Que se lança ao alto, mantém a correta postura

Postura tortuosa

Quem dera se tivesse o mesmo ilustre destino

Alcançaria os ventos mais frescos, as alturas mais dignas

Veria tudo e todos, de cima, como observador, apartado

Como sempre fui

Como serei, serei como árvore? Não...

A vida me guarda grandes presentes, sempre guardou

Ela vem me acariciando levemente desde meu surgimento

Suspeito da verdade, que seja porque, o que me aguarda ao final... O mais tenebroso dissabor