Alforria

O vento sopra

No campo de flores

Borrando um pouco

O tom das cores

O céu azul brilhante

Abraça a cena

Do ninho no alto da árvore

Cai uma pena

Desce flutuando

Sem pressa

E na tranquilidade da natureza

Toca o chão

O solo úmido

Coberto de folhas secas

Na clareira da mata

Guarda o frescor

Respiro o cheiro

De terra molhada

De grama fresca

Recém-cortada

Um pelotão de formigas

Passa marchando

Em direção a uma fruta

Caída ali perto, deteriorando

O som do trem ao longe

Traz de volta a atenção

Sua fumaça sobe branca

Seu apito toca forte

Faz pular o coração

Ando um pouco mais adiante

Ouço som de água corrente

E enfim meus olhos encontram

Um rio de brilho reluzente

Águas puras, cristalinas

Correm soltas

Vão sem pressa

E a paz inunda a alma

Limpa a mente

Num momento

Um sorriso me vem aos lábios

Liberdade, finalmente.

Maria Carolina Velloso Mello
Enviado por Maria Carolina Velloso Mello em 10/03/2017
Código do texto: T5936672
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