AMIGO DO HOMEM
Canta com alegria, curió!
Que a melodia de seu canto
Soa como arqueadas de violino,
E nos momentos em que me vejo só,
Imerso na noite vazia do desencanto,
A sua toada praia, timbira, paracambi...
Traz-me de volta os tempos e os ares de menino,
Os céus e os mares de rosas mais felizes que vivi.
Canta com fé, amigo do homem!
Que há beleza até em seu nome,
E espalha flores musicais pelos jardins das Américas,
Empresta à dura realidade desta vida alguma fantasia,
Alguma festa, alguma flama bela, pura e quimérica,
Faz dela uma orquestra perfeita de refinada harmonia,
Um sonho de amor e paz, ora brando, ora veemente,
Para ser vivido, no dia a dia, inteira e intensamente.