Pensar e não sentir

Pensar e não sentir

Afinal o que sou eu?
Mas de fato não sei...
Parece que nem sinto
E nem ao menos me entendo
Em meio há um mundo cotidiano
Confuso que atordoa...
Maniqueísta em grande dimensão
Caminho cortando espaços
Quem dera pudesse voar em astros
cheia de sonhos carregando Utopias
Sem desconforto procurando me entender
Desfazendo-me das tristezas inevitáveis
Que assolam a alma tão inquieta
Eu ainda perdida querendo o encontro
E permanecendo muitas vezes no desencontro
Escondendo nas brumas toda ansiedade
Por vezes assolada por tanta saudade
Que ao peito sempre invade
Crescem gramíneas pelo meu jardim
Vou arrancando o que é nocivo
Para deixar o que há de belo florescer
Um verão dourado há de vir
E ao mar azul que vai se abrir
E ao qual vou me entregar
No toque doce das águas do amor
Em que me encontro
E me conforto e acalmo
Miriam Bilhó
Miriam Bilhó
Enviado por Miriam Bilhó em 10/05/2017
Código do texto: T5995104
Classificação de conteúdo: seguro