Finos fios ( a vida nomear )
Estou solene, renascer em adusto mundo
Onde se acostumam nuvens em destrato
Sendo o soldado de um reino sem reis
Oh, que me julgas como dizer é vida!
Estou em ti no respirar talento orgulho
Te oferecendo o tão pouco juízo certo
O coração palpitante em cada gemação
No cadê a hora em que nasceu primeiro?
Sou tua companhia, a reduzir alienaçãp
Impiedosa com as mudanças por você
A cada piscar resistente das estrelas
E sendo amante não lhe compete ver
O desarvorar de um cansar sem ritmos
Cada hora estou os tantos minutos vãos
Fazendo chôrar o despertar dos seres
Ao tempo deixo criar a assinatura diva
E te jurarei recantos no verso da pedra
Limo devotado a ser a dura conversão
Para que se tire o pouco que respiras
Ser a areia pretérita do mundo bronco
Sou teu e tua, ambos o acordo do dia
Para na noite de um bem ser simpatias
Abnegar o ser para ter o que esfomeia
Juras do alimentar que virá um tempo
Nos versos canoros do vento rusticante
Embaço a morte fresca entre as águas
E morrerei consigo na aurora dos finais
Dias que demoram a seguir comparsa!
Confio em ti na aurora nova dos anjos
Sibilar das asas da natureza que une
Te banharei o corpo quando revoltar...
A viver que me nomeia como se deve!