Finos fios ( a vida nomear )

Estou solene, renascer em adusto mundo

Onde se acostumam nuvens em destrato

Sendo o soldado de um reino sem reis

Oh, que me julgas como dizer é vida!

Estou em ti no respirar talento orgulho

Te oferecendo o tão pouco juízo certo

O coração palpitante em cada gemação

No cadê a hora em que nasceu primeiro?

Sou tua companhia, a reduzir alienaçãp

Impiedosa com as mudanças por você

A cada piscar resistente das estrelas

E sendo amante não lhe compete ver

O desarvorar de um cansar sem ritmos

Cada hora estou os tantos minutos vãos

Fazendo chôrar o despertar dos seres

Ao tempo deixo criar a assinatura diva

E te jurarei recantos no verso da pedra

Limo devotado a ser a dura conversão

Para que se tire o pouco que respiras

Ser a areia pretérita do mundo bronco

Sou teu e tua, ambos o acordo do dia

Para na noite de um bem ser simpatias

Abnegar o ser para ter o que esfomeia

Juras do alimentar que virá um tempo

Nos versos canoros do vento rusticante

Embaço a morte fresca entre as águas

E morrerei consigo na aurora dos finais

Dias que demoram a seguir comparsa!

Confio em ti na aurora nova dos anjos

Sibilar das asas da natureza que une

Te banharei o corpo quando revoltar...

A viver que me nomeia como se deve!

Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 14/05/2017
Código do texto: T5999279
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