A Terra e a Semente
O caminho...? Não sei...
Leia Chico Xavier
ou quem sabe a Cecília de bolso,
Talvez Fernando pessoa ou ouça um passarinho na varanda
Já sei, liga o som bem alto na voz de Bethânia
e Flavia Wenceslau
Quando chover, não fecha as janelas, abre toda a casa
Abre o coração e sinta a água escorrer,
quem sabe em um quintal brincar de correr
Pisar no chão, sentir a terra molhada entre os dedos
Se abrir um sol, procure no céu o arco íris
Por mais que você olhe, sempre se encantará
Se tiver amigos, agradeça
Se tiver com a família, agradeça
E quem sabe com a solidão,
se souber agradecer nunca sozinho no mundo estará
A vida é um palco, que mesmo nos bastidores,
as cortinas estão sempre abertas nos chamando a cantar
Respire fundo, é de graça
E mesmo que a imensidão da natureza no momento não te preencha
Saiba que isso também passa
A terra tem o seu próprio tempo e o tempo os seus próprio ventos
Não é a quantidade de sementes e nem a pressa que tudo vire floresta
É a terra que tem o seu jeito mágico de ser livre
É a terra que se deixa ser mar ou sertão
Como no vai e vem das ondas, um dia noite, noutro amanhecer
E mesmo que tudo no momento pareça virar pasto
Amanhã, quem sabe, um jardim irá florescer
E mesmo que a terra no momento nada te deixe plantar
Só sinta, contemple, aprenda com o tempo
que tudo tem o seu momento
E que a vida tem o seu jeito próprio, e que nesse vai e vem
quem sabe, você perceba que a semente aqui, é você