Mergulhando no mar da morte
Tive de parar para refletir
Na vida que alguns viam se esvair;
Difícil foi entender como depois sair.
Sinceramente, do fundo da alma
Eu não sei como deitei nesta cama
Mas, era embriagante e enfumaçada.
Que trazia prazer interno
E me aproximava a quem me criou neste mundo
E, saciava-me em todas as dores do meu sofrimento.
Difícil é admitir que líquido e fumaça
São mais fortes que a sua pessoa,
Que na verdade, neste momento era uma criança.
Idade tão terna
Que não combinava com a bebida!
Que não combinava com o cigarro e sua fumaça!
O que era simples prazer
Virou meu morrer!
Sem defesa eu apenas senti o vício crescer.
Um dia sem álcool era como mil;
Um dia sem cigarro era como mil;
Um dia na minha pele não era fácil.
Lutei contra oponentes muitíssimo fortes
Contudo, o mais forte eram os meus prazeres.
Lágrimas de ilusão chorei em uma vida de dores!
O tempo passa e a criança torna-se adolescente
E, tudo se intensifica numa trama de rede
Criada por mim em tantos vícios que me replicavam a tristeza.
Tantas lutas para parar
Mas perdia, pois, em mim não havia o amar;
Apenas um sentimento vazio ímpar.
Todavia, nunca desisti de vencer
E aliado à fé, deixei os vícios ao encontrar o ser.
Mergulhando no mar da morte, pude obter salvação pelo ser.