MÁGICOS INSTANTES

Corri feito criança naquela terra molhada,

Desnudo dos problemas cruéis do cotidiano...

E mesmo que meu olhar vislumbrasse ângulos

Era a alforria que buscava perante as cataratas.

Vento frio esbofeteava meu rosto tanto pálido,

Água gelada caía feito trombas das nuvens escuras

E eu deslumbrado tropeçava, levantava sem clausura

Gritando a liberdade que se oferecia pelos pátios.

Encharcado, sorria... Doutrina e aventura de vida livre,

Bebia das gotas do orvalho o sepulcro aberto do alvitre

Que era o saracotear da rebeldia diante do mundo...

Assim pululei feliz sem açodar-me, sem ouvir trovoadas.

A chuva era a magia da bagunça a que propus semeada

Pela candura de somente viver todas as horas e segundos!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 31/07/2017
Código do texto: T6070670
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