Outro tempo

A fuligem dos segundos em meus olhos

Talvez cinzas de um tempo outro

Que não se mensurava nos relógio

Os momentos, os desejos , o sabores

Parecia que tudo era pra sempre

As coisas essenciais mais simples que

Tinham em sua simplicidade o equilíbrio

De toda nossa vida.

E sem saber, perdemos

O jeito, o toque, o tempo de fazer e não

Aquilo que reclamava calado ação, solvência

E o hoje nos cobra as letras vencidas

Das promessas que não cumprimos

Tudo daríamos para poder de novo tomar

Cada atitude boba, gesto tolo ao que parecem,

Mas que hoje são somente isso: bobagens e tolices

Falta-lhe o lastro de sentimentos e desejos

O amor se foi e sua ausência deixou tudo

O que era comum muito comum

O que era simples realmente simples

Renan Ivanildo
Enviado por Renan Ivanildo em 10/08/2017
Código do texto: T6079644
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