Quando o sol se por

O lado obscuro se mistura com o sol nascente, via tão de perto que queimava os olhos, mas era impossível não o olhar, o recomeço da natureza a nos presentear. Vibrava, renovava e depois cansava.

A luz ia embora, o sol se punha, eu sei que ele volta mas não só pra mim e hoje a sua alegria me incomoda. Você me deixou, me rasgou e não voltou.

Era ódio? Como odiar alguém que quase me desvendou.

Eu vou seguir, eu sempre segui com a dor, com o amor, e quer saber?

eu sempre fui minha dupla, meu trio, mesmo sozinha eu nunca estive só. Não volte não, não volte não sol, só espero que você relembre e relembre e relembre toda a intensidade que queimou em mim.

Minhas palavras me rasgam por dentro, mas quando eu reviver e não olhar mais por trás do meu ombro, o horizonte será meu guia e você estará em sua vidinha medíocre, covarde, você meu sol, já não brilha mais na minha arte. Aliás, meu sol?