Arrebatamento!

Arrebatamento!

O vento me sopra ao ouvido e sussurra, hábil

A força da vida física escorrendo pelo tempo

Abraçando o vento em fúria em partida instável

E suas jarradas em força centrípeta um tormento

Então abro os braços ao sabor do vento

Sentindo em mim um escorrer do excesso

Das mazelas e miasmas, vendo-as voar

Transbordando-as para não mais voltar

E nesse tornado íntimo impulsiono ascendente

Sinto-me voar e velejar no espaço, livre

Num arrebatamento divino e naturalmente

Galgando a consciência, tomando as rédeas

Depois num pouso suave, a recordar um sonho

Em que varreu de mim todo o peso e a angústia

Ficando apenas meu eu, ser humano e risonho

Fortalecido, inspirado para enfrentar as lutas!

Abro os braços, agora é com a suave brisa

Que me vejo e me olho num imenso espelho

O meu reflexo é uma aparição bem conhecida

Trazendo novamente os meus reais anseios!

Assim percebo como é infinito o ciclo da vida

Qual árvore em sua mágica definição vital

Em semente, cresce, floreia, fruteia e aduba

Prevalece sempre a vida de forma natural!

Reijane Brasileiro
Enviado por Reijane Brasileiro em 21/08/2017
Reeditado em 26/07/2018
Código do texto: T6090382
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