De quem mesmo?!

Corta a garganta e louva,

extremos de versos em carne crua,

estrume de vida encaixotada no altar,

estranhos ecos de quem adora ou subverte.

Corta os pulsos e adora!

Povo besta,

de quatro,

quartos disformes de gente,

quadrados perfeitos,

salvação de pernas pro ar em bordéis de cera.

Vai se acostumando, José:

A cor delimita o ganho,

a raça define o mérito,

os gametas importam mais que o caráter,

a crença se apruma, multiforme,

sob saias e tambores,

e cara a cara com o caos,

há quem diga que ama.

Ao lado...

De quem mesmo?!

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 22/08/2017
Código do texto: T6091567
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