Oxalá, rapaz!

Lá vai o herói!

Vê como cansa,

vê como dança,

e chora,

e reza,

e mata,

e hesita,

e distingue pães de gente,

e evoca cacos de gente,

posto que a couraça é de carne

e sua carne tem fome há muito.

Mas prossegue, circunspecto.

Tem fé em Deus e nos poules de jogos de azar,

tem manias de banquete e salas de estar,

rapaz derradeiro em ceias e oferendas,

herói sonhador,

desencontrou o amor que na verdade nunca encontrou.

Oxalá, rapaz!

Um mundo de fantasias sob teu chapéu de palha,

uns versos mentirosos sobre tapetes e cadáveres,

medalhas douradas que escondem tanto sangue.

Lá vai o herói sem saber...

Quem venceu no final?!

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 26/08/2017
Código do texto: T6095484
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