BORDADOS

Um bordado no firmamento: estrelas. Quem curte?

Difícil é encontrar um alguém que deveras espreite

Essa sensibilidade em que ainda há tamanho deleite,

Pois na sanha de hoje sensibilidade é apenas iogurte!

Só o poeta traveste as palavras... é maestro sensível...

Pouquíssimos afrontam a modernidade. Pura idiotice!

Aí está a razão pela qual prevalece o que é só fetiche,

Arroubo exótico dum prazer que sobrevive de fusível!

Natureza e metafísico respiram totalmente uníssonos...

Não são vagas... São bronzes prateados de finos sinos

Que tecem a harmonia deste cosmos tão depredado...

Bordados! Eis a sutileza dos astros, somente paisagens...

E uma sensualidade febril depauperada. Tudo miragens

Arroladas ao libido excêntrico de quem está enamorado!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 01/09/2017
Código do texto: T6101909
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