O Chamado
No alto da ribanceira
A criatura contempla
A profundeza dos rochedos
E a sua imensidade
Que sedutora convida
Para um salto à eternidade
Num momento de vacilo, se insinua
Mas o impulso a joga liberta no espaço
Tal como uma pena, flutua
Esquecida do peso e do cansaço
Ao alcançar o solo batido
O corpo estremece sobre a cama
A alma assume seu posto e ordena
Levanta! Que a vida te chama!