Eu preciso poemizar-me

Necessito da urgência das palavras, que me ludibria na "veracidade" da escrita - como me deixo seduzir...

Sinto urgência no âmago dos meus sentidos que não cansa de ser piegas e beira o idiotismo

Entrego-me pela adrenalina da emoção

Choro de felicidade mesmo no pranto da dor

Já não importa o certo e o errado, o prazer e a felicidade, o eterno e o fugaz

Minhas paredes estão expostas

E são tão irregulares, tão minhas, tão fortes, tão porosas...

Elas já não querem ser fronteiras

Hoje, querem apenas ser abrigo

Minhas linhas já não almejam impactar

Querem apenas se infiltrar nas brechas de angústia que se escondem no peito e como um bálsamo entorpecer a dor.