SOBRE CORTES E TRENAS.
Todos os que eu amei
marquei com fogo,
qual boi no mangueiro.
Qual boi pro açougueiro,
também fui retalhado.
Agora não tem mais carne
não tem mais sangue
agora não tem mais,
quase nada.
Sobrou medo, tristeza e covardia.
Sobrou horror do clarão do dia.
Sobrou a fita com a qual tudo eu media.