Somos tudo, somos nada

Somos tudo, somos nada

Somos tudo, somos nada
massa bruta
Fragilidade absoluta
Luz e escuridão

Côncavo e o convexo
Sucesso e o insucesso
Avanço e o retrocesso
Frente e verso

Estamos indo, estamos vindo
Vivendo e morrendo
Aparecendo e desaparecendo
Andando e correndo

Chorando e sorrindo
Vivendo o desamor
Morrendo de amor
Com o alívio e a dor

Somos doutores e curandeiros
Bruxos e feiticeiros
Curamos mas também machucamos

Somos pura alegria
Somos tristezas em alguns dias
Vivemos no real e nas fantasias

Somamos nossos dias
Mas subtraímos nossas vidas
Morremos de fome
Com tanta comida

Acendemos uma vela pra Deus
E outra para o diabo
Consertamos algumas coisas
Noutras fazemos estragos

Cobramos muito, fazemos pouco
Somos insanos, somos loucos
Conhecemos o correto e fazemos o errado

Amamos a natureza, mas destruímos suas belezas
Amamos o mar, vamos pouco o visitar

Achamos que somos, não somos nada
Somos apenas poeira na beira da estrada
Sonhamos ser imortais, não passamos de simples mortais

Somos perfeitos, cheios de defeitos que a vida encobre
Pilhamos ouro, no fundo somos tão pobres

Somos claros, somos escuros
Morremos de medo do futuro

 
Poeta Jonas Luiz
Enviado por Poeta Jonas Luiz em 06/12/2017
Código do texto: T6191847
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