A campa e o poeta

(Para Niltinho, meu querido ex-aluno, hoje amigo e grande músico)

Já vai triste, gentil poeta?

Não te negues à utopia

Navegaste ao léu das palavras

Temeste aportar n’algum cais:

(Sem correntes, não saberias)

Unir as letras, em ousadia

Moldando a própria solidão...

Atraca, n’algum porto, poeta!

Não te deites na campa ardil

É cedo demais para ir-se

(E nunca tarde para resistir)

Navega, aporta n’algum cais

Não desista nunca, jamais

Acede ao teu nobre coração.

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 16/01/2018
Código do texto: T6227496
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