Fulana de Tal
Como dói o dodói.
Como é claro o sangue
Como pulsa a artéria
Como inunda o pulso
Como toma o chão
Quão invisível os são.
É frescura!
É beleza!
É coisa de natureza.
For por causa do ex.
O que será que ele fez?
Algo grave com certeza.
No desespero e na dor
em frente a Igreja se pôr
Construir uma família.
Até que chega aquele dia...
Viu naquela pracinha como a traição reluzia.
Todos em volta falaram
E a pobre senhora enganaram
Na casinha a dor consome
Por se enganar por aquele homem.
Mais um dia desponta tão belo
Mamãe desabou no seu mundo paralelo.
Tarja preta virou rotina
Já não conseguia sequer chegar na esquina.
Até que numa chuva de verão...
Doze cápsulas a fez parar o coração.
Na mão gélida e firme um papel chamava atenção.
A escrita firme e decidida, resumia a sua vida.
"Borboleta que pousa no galho
Beija flor do chocalho
Menina que cedo namora
Por qualquer dor logo chora."