As nuvens amam os bons

As nuvens muito me falam

E a elas devo certeza

Me contam histórias de terror

Outras tanto de grandeza

As nuvens me lembram do sonho

E julgam minha impulsão

Me falam do acaso e do imprevisível

Me falam do destino e do improviso

As nuvens me mandam sinais

Me apontam os leais

E no ensejo da cobiça e irá

Que me tentam a carne e envenenam a alma que já não vejo tão nobre

Elas me perdoam

Me mostram o céu

O vento transborda

Limpando a face que derrama o suor incessante dos momentos de angústia e duvidas

Tenho medo do que as nuvens carregam

Tenho medo da tempestade que carrega o fraco e afoga um corpo em cólera

As nuvens não respeitam o fraco

Mas amam os bons

Mas os bons encontram-se com medo

Não tenham medo das nuvens que levam a tempestade ao deserto

Incerto

É o instante de prazer que chega antes do frio

E as nuvens me passam

Me vejo sem tempo para elas

Mas abro a janela e sua passagem lenta me tira de súbito

E por um momento lúcido

Eu paro

As nuvens me cobrem de proteção enquanto vivo

As nuvens amam os bons

E assim vivo

Entre instantes de dor e paz

Amer
Enviado por Amer em 21/01/2018
Reeditado em 21/01/2018
Código do texto: T6232455
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