Para que eu vim?

Para que eu vim?

Eu vim para contrariar a lógica

Eu vim para contestar o que me incomoda

Não me importa se estou fora de moda

Levo a vida, faço moda

Sou combatente do meu próprio tempo

Sou guerreiro com causa, combato o que me causa dúvidas

Dúvido até dos meus pensamentos

Quero quebrar paradigmas

Quero colocar os dedos nas minhas feridas

Quero ouvir o som do Big Bang

Quero expandir a minha consciência

na deformação do espaço tempo

Quero gritar no mais alto cume

Mergulhar num cardume de estrelas

Lá do alto ouvir o canto da sereia

Tentar entender o universo e a sua teia

Por isso e para isso que estou, para tudo que me contraria e que  quero combater

Talvez alguns nunca irão me compreender

Sou louco, rebelde e contestador, não adianta doutor

Meu remédio está escondido nas montanhas dos meus pensamentos

Faço viagens, tentando chegar no centro dos meus conhecimentos

Estrada que não consta nos mapas, imaginária, via secundária

Eu vim, estou aqui, quem quiser pode vir

E esse louco que sou, podem seguir

 

Porque que quem não tenta entender onde o vento faz a curva

Quem se curva e não levanta a cabeça, não enxerga as cores de um arco-íris

Já está morto e definhando, só vendo um monte de louco passando e a vida pulsando

É fácil perceber que a sanidade é de doer, é sem graça

Quem não quer ver um louco na praça

Um palhaço fazendo graça

Quem não toma uma dose pra matar a cirrose da monotonia

Viver é uma completa loucura, então pra que procurar uma cura?

Por isso que vim

Para viver minha loucura vadia e Sadia e encher o mundo de poesia

Jonas Luiz

São Paulo, 19/02/18

Poeta Jonas Luiz
Enviado por Poeta Jonas Luiz em 20/02/2018
Código do texto: T6259605
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