O erro de alguém no passado

No passado alguém cometeu um erro sórdido

Decidiu em um momento mórbido

Dar a vida a alguém

A vida dolorosa é vivida de forma triste por um ninguém

Que agora é uma vítima, um refém

Mas amanhã é um ladrão, um delinquente

Jogado na rua da sua própria mente

Vivendo a vida de forma displicente

Enquanto aqueles que cometeram o erro acreditam que foi um presente

Um ato inconsequente

Para muitos uma dádiva, para outros uma tortura

A dádiva é dada a quem vive em fartura

Mas para a outra criatura

Uma ferida sem sutura

Que não provoca a mínima gastura

Para quem de longe vê o resultado dessa mistura

Afinal de longe não dá para ver o quanto a criatura murmura

A noite com frio, só se ouve o som da viatura