Até nunca, esquecimento...

Sei para onde devo ir

Sei para onde devo ir

O espelho agora mostra

Uma pedra que flutua

Sei para onde devo partir

Sei que devo partir

Jamais voltarei a estar sozinho

Pois sempre volto para vocês

Nas manhãs que se configuram tristes

E se este for o dia em que minha canção desafina

Posso enxugar minhas lágrimas no seu manto fantasmagórico?

Sei para onde devo ir

Sei para onde partirei

Com minhas dívidas quitadas e meus passos firmes

Irei muito, muito longe

Para muito longe mesmo

Porque preciso tocá-los de verdade

Porque preciso de coragem contra esse cadeado

E se este for o dia em que o sol se apaga

Então divide comigo um adeus?

E assim te agradeço

Por ter pelo que te agradecer

Como uma assinatura no gesso

Não me tornei uma borboleta

Reclamando à todo ser que rasteja

Até nunca, esquecimento…

Até nunca mais!