MEUS IDOS
MEUS IDOS ( Enigma em alusão ao meu aniversário )
Ao longo de todos os meus anos
Eu já tive muitos desenganos
Naveguei por vastos oceanos
Os meus planos foram meus enganos
Meus anseios e desejos insanos
Que causaram em mim já tantos danos
Sonhos vis e projetos tão ufanos
Pensamentos todos levianos
Me entreguei aos desejos mundanos
Quase não via o passar dos anos
Dentre reis rainhas e tiranos
Para mim todos são fulanos
Ouvi falar de Gil e de Caetanos
Gal, Moraes e outros baianos
Conheci, também bons sergipanos
Paraibanos e até alagoanos
Também andei por confins paulistanos
Lá conheci alguns corintianos
Em Goiás conheci bons goianos
Em Pernambuco, bons pernambucanos
Ouvi discursos de Alagoanos
Que falavam e faziam planos
Cansei de ouvir e ver anos e anos
Exemplos maus, tristes, desumanos
Que a humanidade de alguns humanos
Não agrada a gregos nem troianos
Vivem sugando o suor dos seus Hermanos
Tiram dos pobres e dão pra os soberanos
Tentei dizer o meu viver rimando
Tentei falar ainda pois versando
No andar dos meus alguns e poucos anos
E para saber a idade desse pobre humano
Que em negritude, hoje estou completando
Fora essa estrofe é só contar os “anos”
Roberto Basílio- 01/03/2001