MEUS IDOS

MEUS IDOS ( Enigma em alusão ao meu aniversário )

Ao longo de todos os meus anos

Eu já tive muitos desenganos

Naveguei por vastos oceanos

Os meus planos foram meus enganos

Meus anseios e desejos insanos

Que causaram em mim já tantos danos

Sonhos vis e projetos tão ufanos

Pensamentos todos levianos

Me entreguei aos desejos mundanos

Quase não via o passar dos anos

Dentre reis rainhas e tiranos

Para mim todos são fulanos

Ouvi falar de Gil e de Caetanos

Gal, Moraes e outros baianos

Conheci, também bons sergipanos

Paraibanos e até alagoanos

Também andei por confins paulistanos

Lá conheci alguns corintianos

Em Goiás conheci bons goianos

Em Pernambuco, bons pernambucanos

Ouvi discursos de Alagoanos

Que falavam e faziam planos

Cansei de ouvir e ver anos e anos

Exemplos maus, tristes, desumanos

Que a humanidade de alguns humanos

Não agrada a gregos nem troianos

Vivem sugando o suor dos seus Hermanos

Tiram dos pobres e dão pra os soberanos

Tentei dizer o meu viver rimando

Tentei falar ainda pois versando

No andar dos meus alguns e poucos anos

E para saber a idade desse pobre humano

Que em negritude, hoje estou completando

Fora essa estrofe é só contar os “anos”

Roberto Basílio- 01/03/2001

Roberto Basílio
Enviado por Roberto Basílio em 19/06/2018
Código do texto: T6368191
Classificação de conteúdo: seguro